Lugares do Vale

Dá-lhe as boas vindas!

História

Falar dos Lugares do Vale é falar de São Silvestre


O Vale é o conjunto de sete aldeias que têm como elemento agregador a capela de São Silvestre, fica na extremidade sul da freguesia de Serro Ventoso, fazendo fronteira com a união de freguesias da Mendiga e Arrimal.


Do Vale fazem parte os lugares de Casal Velho, Gingil, Lagar Novo, Marinha de Baixo, Mato Velho, Poio e Sobreira. Inseridas ao longo de todo o Vale de São Silvestre, vale lindíssimo entre as Serras de Aire e Candeeiros com percursos pedestres para aproveitar o melhor que o nosso Parque Natural tem.


Aqui são também realizadas uma das festas mais importantes e concorridas festas religiosas da zona serrana do Concelho de Porto de Mós, as festas de São Silvestre, a organização é da responsabilidade das sete aldeias que de forma emparelhada e alternada têm a responsabilidade de a realizarem a cada três anos. Os sete lugares dividem-se da seguinte forma para a realização das festas anuais:

  • Sobreira e Gingil; (Sul)
  • Lagar Novo e Marinha de Baixo; (Sul)
  • Mato Velho, Casal Velho e Poio. (Norte)


A Capela de São Silvestre terá sido construída, no ano de 1143, por um morador da Póvoa que ao passar por ali terá sido vítima dos muitos ladrões que existiram na serra da Mendiga, temido pela sua vida decidiu erguer ali um pequeno nicho em honra do santo da sua devoção o São Silvestre. Mais tarde, o nicho teria dado lugar a uma modesta capelinha que ao longo do tempo foi alvo de melhoramentos até adquirir a estrutura hoje existente. Com o tempo, a capela e o seu padroeiro foram conquistando cada vez mais fiéis, apesar do templo ter sido construído num lugar ermo não evitou que a sua festa anual atraísse gentes de todos os pontos do Concelho, o que faz dela ainda nos dias de hoje uma das festas que atrai mais pessoas de todos os pontos do Concelho.


Nos anos 40 a capela encontrava-se num elevado estado de degradação, mas os moradores dos lugares do Vale (As sete aldeias e a aldeia de Casais do Chão), que tinham em comum esta capela dedicada a São Silvestre, não conseguiam chegar a acordo relativamente à sua reconstrução, pois a população de Casais do Chão era da opinião de abandonar o espaço e de construir uma nova capela em Casais do Chão. Depois de diversas conversações, zangas e picardias, a Capela de Casais do Chão acabou por ser erigida, a mando de Teodoro dos Santos, em honra de Nossa Senhora da Saúde, tendo sido inaugurada 29 de Agosto de 1948. A Capela de São Silvestre foi recuperada e inaugurada no dia 5 de Setembro de 1948.


Hoje em dia a Capela de São Silvestre tem adjacente um dos mais bem equipados e espaçosos salões de festas da zona, equipado com cozinha, bar, espaço de restauração e bailes. Anualmente para além das festas em honra de São Silvestre acolhe diversas iniciativas como o Tok´andar, evento de percursos pedestres e o Festival do Galo, evento esse muito importante para a freguesia, população e associações. 

Um agradecimento especial a Diogo Cordeiro pela ajuda na redação deste texto.


Reza a lenda que...

Foi D. Afonso Henriques o primeiro crente a rezar na Capela de São Silvestre, quando passava pela região a caminho de Santarém, e ainda que as gentes de Casais do Chão raptavam frequentemente a imagem de São Silvestre, mas o Santo acabava sempre por voltar, pelos seus próprios pés, para a sua capela.


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